quarta-feira, 1 de junho de 2011

Malabares...

Malabares

Pequeninas mãos de tenra idade
No vermelho do farol
Naquela esquina da cidade
Tentam o seu lugar ao sol

Fazem da rua um palco
E do asfalto, picadeiro
E assim, em meio aos saltos
Fazem malabares um instante inteiro

Com duas varetas como base
E uma mais elaborada
Escreve no ar uma frase:
“- Me ajuda moçada!”

Não que ser indigente
No meio de tanta gente
Quer ser homem de bem

Não quer ser traficante
Nem com a violência consoante
Ele só quer ser alguém

Aparece o verde e, ironicamente
Encerra-se o espetáculo
Nenhuma moeda, de presente
Deixam os carros apressados

O encanto se faz ausente
E o garoto deixa de ser
Um artista circense
Igual aos que se vê na TV

O então “ex-artista”
Em alguns segundos, talvez
Volte a ser malabarista
Começando tudo outra vez...

                                               Moysés Azevedo S. Júnior

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